
Foto: Anderson Moraes
Na plenária de “Mulheres no HipHop” uma carta de intenção que reivindica que os poderes, assumam, de fato, o compromisso de realizar ações para o hip hop dentro das cidades, entre outras iniciativas para fomentar essa cultura, será entregue, dia 16/03, na Plenária Mundial de Mulheres no Fórum Social Mundial e deverá ter a participação de mais 20 mil mulheres do mundo todo.
Sharylaine, rapper paulista, esteve presente. Para ela, esse é um momento especial e que merece atenção. ”O momento se torna muito especial, por todos os retrocessos mundiais que estão acontecendo. E as pessoas que vieram ao Fórum, são as que possuem uma sensibilidade para lutar por causas sociais.”
A rapper reconhece que o hip hop pode não mudar o mundo, mas pode construir um ambiente para as pessoas lutarem usando a linguagem dessa arte como instrumento.
A luta das minas no hip hop está está ligada a luta de toda mulher: ter visibilidade, respeito em um mundo ainda muito machista e racista.
Participaram da Plenária, a Frente Nacional de Mulheres do Hip Hop representada por Sharylaine, Lunna Rabetti e Meire de (SP), Taz Mureb, Aika, Marcia Uni-ka, Bebel do Gueto e Taz (RJ), Vera Veronika (DF), Priscila Fenix e Leti Quevedo (RS), Luciana Miss Black e DMG(MG), Iza Negratha (SE), Pandora (ES), Mana Josi (PA), o Coletivo Frôceta, e o grupo Além da Ceia(RS).
As minas do Hip Hop se ajudam e esperam que os homens que chegaram ao topo da cena estendam as mãos e as “puxem”, pois elas lutam muito mais do que homens, que já tem espaço consolidado na cena hip hop.
Mesmo com todas dificuldades impostas o teatro estava lotado de mulheres do hip hop do país. Algo digno de aplausos e espelho.
Nessa conversa, as meninas lembraram que a mulher tem que escolher que postura terão na cena. Elas podem ter um perfil mais gangstar*, se assim quiserem. A valorização da força de trabalho, naturalmente, nunca é igual a dos homens. A velha luta de gênero torna-se legitima e necessária também nesse campo. Meninas ganham salários menores sempre.