Thème - Territoire
Slogan Rien sur nous, sans nous! “Pas juste moins!
Descrição / Relato
Oficina Sociopoética Queer Art, Queer Pedagogy – por uma experimentação não-normativa de sexualidade e gênero na Educação
Os Estudos Queer apontam para uma desnaturalização da sexualidade humana e a desconstrução do conceito de gênero. A proposta de oficina-intervenção apresentada aqui, com abordagem sociopoética, volta-se para interessados em outros modos de educar e existir no contemporâneo. A oficina cria alguns dispositivos para produção de novas percepções sobre sexualidade e gênero. Na intervenção sociopoética, propõem-se inúmeros dispositivos pedagógicos pouco habituais à didática convencional, e que são inspirados nas diversas linguagens artísticas – a Arte enquanto campo de expressão e de produção de sensações e de novos saberes. Estas experimentações estéticas acontecem sob as formas de Vivências, Performances, Intervenções, Instalações e Oficinas. Cujo propósito maior é a produção de novos conceitos sobre gênero e pós-identidade, numa perspectiva Queer. Estas experimentações buscam colaborar na emergência de uma Pedagogia Queer; não somente enquanto temática no campo da educação, mas principalmente enquanto abordagem metodológica. O Queer como potência epistemológica inspiradora de uma abordagem de Pesquisa e de uma Pedagogia. Por que a temática Queer na Educação? Porque é necessário tensionar o espaço acadêmico e elegê-lo como território de intervenções políticas e de estudos sobre a sexualidade; porque é necessário construir um campo de forças que possa aglutinar estudos e práticas dissidentes quanto às identidades de gênero; porque o campo da educação é carente de construir referenciais metodológicos e abordagens ousadas e transgressoras sobre as performatividades LGBTQI e gênero e as expressões da sexualidade. As oficinas-intervenção são compostas de seis instalações de arte, sob a forma de estações circulantes por onde as pessoas interagem com as obras e produzem, elxs mesmxs, suas impressões/expressões e expõem o produto bruto de suas interações livres e de seus afetos ativados. São essas: Transnarratividade, Corpos Incoerentes, Montagem Drag Queen e Drag King, Manifesto Pornô, Jogo do Gênero, e Moça, Você é Machista. Os resultados apresentados em cada estação são a produção de confetos (conceitos polissêmicos) que remetem para às multiplicidades de gênero e sexualidade na educação. Assim, essa pesquisa aponta para a possibilidade de emergência de uma Pedagogia Queer – que possa ser sentida como uma poética em construção; uma potência maquínica capaz de engendrar pulsões do desejo e liberar corpos e mentes para as formas múltiplas de expressão das sexualidades humanas; uma pedagogia não normatizadora, ativando dispositivos biopolíticos de resistência contra as formas redutoras e os modelos pré-estabelecidos que pretendam fixar em identidades rígidas; uma pedagogia que se lança, deliberadamente, como não disciplinadora.
Palavras-chave: Teoria Queer; Sociopoética; Performatividade LGBTQI e Gênero.
Data/hora
Date(s) - 15/03/2018
16:00 - 19:45
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