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Título Ciência e Tecnologia Pública: Ciência e Tecnologia como bem comum

Tema - Território

Lema

Descrição / Relato

Objetivo do Seminário:
O objetivo da mesa é discutir a lógica que orienta a elaboração das políticas públicas de Ciência, Tecnologia e Inovação e de Educação Superior e os cortes de recursos a elas impostos pelo atual Governo brasileiro. E, a partir daí, buscar reorientar essas políticas no sentido da promoção da igualdade social, estabelecendo diálogos com as agendas públicas de ciência e tecnologia e as políticas e conjunturas de forma mais ampla na América Latina.
Como dito por Renato Dagnino, ao contrário do que ocorre com outras políticas públicas, é ainda incipiente no âmbito da esquerda a discussão sobre as políticas públicas de Ciência, Tecnologia e Inovação e de Educação Superior e suas dimensões e critérios de relevância social.
Dado que a retomada do desenvolvimento social exigirá que essas políticas públicas sejam capazes de gerar o conhecimento necessário para produzir os bens e serviços que irão satisfazer as demandas materiais da maioria da população, é importante entender por que os recursos a elas dedicados estão sendo cortados.
O corte de recursos efetivado não reflete uma simples mudança quantitativa. Ele revela uma alteração qualitativa, que ocorre também nos países desenvolvidos, sobre como a política cognitiva deve ser orientada. No Brasil, com o Golpe, o que já vinha ocorrendo foi impulsionado num sentido ainda mais coerente com o projeto neoliberal.
Diante desse corte, a elite científica pretende convencer da importância do que ela faz e da necessidade de crescente recurso público para suas atividades de ensino e pesquisa. Mesmo a maioria das pessoas da esquerda que é parte da comunidade de pesquisa adota discurso semelhante, que não tem se mostrado capaz oferecer alternativas a dinâmica tecnocientífica global (cujo cerne é a empresa) e que funciona em lógicas que promovem a deterioração programada, a obsolescência planejada, o consumismo exacerbado, a degradação socioambiental e manutenção da produção de conhecimentos (e práticas de ensino) discriminatória e disfuncional para a diversidade e as lutas por direitos nos campos étnico-raciais-culturais e de gênero.
As quatro normas de conduta – o cientificismo, o produtivismo, o inovacionismo e o empreendedorismo – que a elite científica impõe “para acompanhar a dinâmica tecnocientífica global”, vem agravando a disfuncionalidade social de nossas instituições públicas de ensino e pesquisa. Foi se consolidando a partir daí uma correlação de forças para a elaboração dessas políticas públicas que paradoxalmente exclui àqueles que deseja incluir, ou seja, a sociedade de modo geral, especialmente os mais pobres.
Ainda que raramente se perceba ou se explicite, as agendas científicas locais expressam uma lógica que não atende “essa parte”, de fato a maior parte, da sociedade. Pouco se expressa nas instâncias de ciência e tecnologia, de ensino superior, o compromisso com os trabalhadores e trabalhadoras, que com seu imposto “bancam” esses recursos que agora estão sendo cortados. Tudo indica que para inverter essa lógica e políticas públicas – orientadas pela elite científica e voltadas a atender a agenda tecnocientífica global -, é necessário uma autocrítica da comunidade de pesquisa, liderada por seu segmento de esquerda, que as conecte com demandas sociais de fato e processos de radicalização da democracia.

Debatedores:
Política Científica e Tecnológica e Inclusão Social
Renato Dagnino – Professor Titular da UNICAMP

O Marco (i)Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação e a pesquisa pública
Epitácio Macário – Professor Adjunto da UEC e Coordenador do GTCT do ANDES-SN

A comunidade de pesquisa brasileira e a agenda de pesquisa
Rogério Bezerra da Silva – Assessor Legislativo e Pesquisador do Grupo de Análise de Políticas de Inovação (GAPI) da UNICAMP.

O Marco (i)Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação e a privatização do conhecimento
Carlos Jorge Rossetto – Pesquisador aposentado do IAC Campinas e Membro da Associação dos Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo (APqC).

A ciência e engajamento com lutas/movimentos sociais – ciência feminista
Márcia Tait – Professora do Mestrado em Divulgação Científica e Cultural (LABJOR/UNICAMP) e Pós-doutoranda do Departamento de Política Científica e Tecnológica da UNICAMP.

Tecnologia social na universidade pública
Luciana Ferreira – Professora Adjunta da UNIFESP e Coordenadora do Núcleo Educacional de Tecnologia Social e Economia Solidária (NETES) da UNIFESP.

Organização:
Movimento pela Ciência e Tecnologia Pública (MCTP) – ANDES-SN; ADUNICAMP; GAPI/UNICAMP; NETES/UNIFESP; SOLTEC/UFRJ; ApqC; SINPAF – Seção Jaguariúna; ADUSP; ADUNIFESP; Associação Filosófica Scientiae Studia

Data/hora
Date(s) - 15/03/2018
14:00 - 16:00 .


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