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Título Coletivo Pachamãe - a construção territorial cotidiana da América Latina

Tema - Território

Lema Cidadania Sem Fronteiras

Descrição / Relato

Pretendemos apresentar uma iniciativa recente de organização coletiva na busca de uma maior integração na América Latina a partir de diálogos, experiências e práticas artísticas e culturais vinculadas a este imaginário de cooperação cultural continental.

Atualmente estamos trabalhando para conseguir dar sustentabilidade na sede localizada na Av. Constelação, ribeira de Monte Serrat, Salvador da Bahia, onde pretendemos organizar atividades que involucrem mais diretamente a comunidade da cidade baixa de Salvador: a “Casa Pachamãe”. A intenção é que este espaço se converta em uma referência, em ponto de encontro e difusão da diversidade cultural da América Latina. Igualmente, esperamos que esta Casa esteja aberta para outros projetos e iniciativas artísticas, culturais, criando parcerias e redes de apoio. Que ali encontrem um lugar aqueles que querem deixar fluir sua arte, reunir-se, debater, apreender e se divertir ao mesmo tempo, em um espaço mais descontraído, sem o peso acadêmico ou institucional. Queremos que seja um lugar de harmonia, paz e alegria: a Casa Pachamãe.

É nosso desejo que nossa proposta e iniciativa, seja desenvolvida em outros lugares do Brasil e do mundo. Seja onde se encontrem membros do coletivo ou simplesmente onde existam pessoas interessadas em levar adiante um projeto deste tipo. É através do diálogo, da união, da colaboração, e do exemplo prático, da perseverança e da humildade que coisas pequenas se podem tornar grandes.

A história do Forte de Monte Serrat simboliza, de alguma forma, a história de violência e desconhecimento do Brasil em relação aos demais países da América Latina. O forte é uma construção militar da época do Brasil colônia que simboliza o medo do desconhecido, a defesa pelas armas de terras usurpadas com uma finalidade puramente mercantil e de lucro. As armas a serviço da elite e dos poderosos e também, durante séculos, as letras, as artes e outras práticas culturais alternativas e subalternas foram invisibilizadas, demonizadas e perseguidas, especialmente aquelas de matrizes africanas e ameríndias. Contudo, também existem hibridismos, relações contraditórias entre as potências coloniais ibéricas (Espanha e Portugal) e as suas colônias lusoamericanas e hispanoamericanas, misturas radicais em termos de práticas artísticas e culturais que, durante séculos, sedimentaram a história dos atuais bairros de Boa Viagem, Monte Serrat e Uruguai. Ou seja, nestes bairros, e no símbolo do Forte, se resume simbolicamente cinco séculos de vigência das armas no nosso continente, de invisibilização da diversidade cultural, de violência, desigualdade e desconfiança com os outros.

Considerando esta realidade, acreditamos que o investimento nas letras, no seu sentido mais amplo, artístico e cultural, se traduz em uma oportunidade ímpar de visibilizar e refletir sobre a realidade das comunidades ribeirinhas na América Latina, a sua realidade sócio econômica, dando ênfase à diversidade cultural das práticas artísticas que são realizadas nestas regiões tão particulares do nosso continente.

Data/hora
Date(s) - 14/03/2018
10:00 - 11:30 .


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