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Título Mulheres e política de drogas - Liberdade para as pretas

Tema - Território

Lema Contra o genocídio e o encarceramento da juventude negra

Descrição / Relato

A Rede Nacional de Feministas Antiproibicionistas (RENFA) foi criada partir de um amplo encontro de mulheres ativistas feministas que aconteceu no ano de 2014 na cidade do Rio de Janeiro. O encontro contou com a presença de cerca de 40 mulheres de 9 Estados do Brasil, essas mulheres atuam em várias cidades do país fomentando a luta pela reforma da atual política de drogas, que garanta o respeito às diferentes subjetividades e a autonomia das pessoas, com foco principal na defesa dos direitos dos grupos de mulheres atingidas pelo modelo proibicionista – a exemplo das mulheres encarceradas, profissionais do sexo, usuárias de drogas, moradoras de rua, todas essas em sua maioria negras, a luta feminista antiproibicionista atua com objetivo de promover mudanças estruturantes nos modelos proibicionistas (e institucionais) de controle.

A RENFA nasce da necessidade de fortalecer a participação das mulheres como protagonistas na luta por uma sociedade antiproibicionista. Sabemos do notado impacto que a legislação atual de drogas (Lei 11.343/2006) tem na vida das mulheres – que são as principais atingidas pela guerra, seja quando são encarceradas, quando perdem seus filhos e filhas em razão da violência brutal do Estado dentro das periferias de todo país ou, ainda, quando são estigmatizadas e impossibilitadas de permanecerem com seus filhos pelo fato de serem usuárias de drogas. O atual modelo de guerra às drogas se transformou numa guerra perversa dirigida às pessoas pobres e negras. Tal modelo exige um investimento milionário do Estado em treinar policiais para matar e prender jovens nas comunidades pobres do país, nos últimos 12 anos, a população carcerária feminina aumentou 556%, segundo o Departamento Penitenciário Nacional (Depen), enquanto o aumento do número de homens presos foi de 130%, mais que o dobro no mesmo período. É impossível não reconhecer a política de drogas como uma questão de mulheres!

Essa realidade torna urgente o fortalecimento das mulheres em Rede, possibilitando o intercâmbio das boas experiências desenvolvidas, para multiplicá-las através da formação política com as mulheres, aperfeiçoando essas metodologias, aumentando a integração para a atuação junto ao movimento misto de reforma da política de drogas e dentro dos movimentos sociais na construção de estratégias que visem a redução das vulnerabilidades das mulheres nesse processo, efetivando cada vez mais as mulheres como protagonistas nesse processo de mudança.

A RENFA conta atualmente com a representação de mulheres ativistas em 13 estados do país: Distrito Federal, Pernambuco, Bahia, Ceará, Rio de Janeiro, São Paulo, Alagoas, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Sergipe. As mulheres que compõem a REDE têm o perfil dos grupos afetados pela guerra às drogas, somos mulheres cis e trans, negras, jovens, periféricas, usuárias de drogas, profissionais do sexo, moradoras de rua, pesquisadoras ou ativistas, com atuações diversas na luta pela reforma da política de drogas a partir da perspectiva dos Direitos Humanos e da Justiça Social. Atuamos dentro dos movimentos sociais de luta pelo direito à cidade, nos Serviços Públicos de saúde e assistência, no trabalho com mulheres privadas de liberdade e em situação de rua, estamos produzindo conhecimento na academia e comunicação, somos ativistas na luta feminista, e em outros campos fundamentais para garantia dos direitos das mulheres em situação de vulnerabilidade.

Nossa Rede prioriza o diálogo e incidência interseccional para reduzir as vulnerabilidades criadas pela atual política de drogas, demandando que todos os setores da sociedade se responsabilizem pelos danos sociais desencadeados pela política proibicionista de drogas. Temos como desafio influenciar outros movimentos mistos e de mulheres a acolherem a agenda da reforma da política de drogas como estruturante na luta por democracia e pelo fim das opressões, pautando outras pessoas na construção desse processo, através do empoderamento das mulheres antiproibicionistas para ocupar esses espaços de diálogo sobre: Direitos Humanos, Direitos Sexuais e Reprodutivos, Controle Social (Conselhos), Segurança Pública, Democracia, Acesso à Justiça, Comunicação, Direito À Cidade, Agroecologia e Feminismo.

Data/hora
Date(s) - 15/03/2018
15:00 - 17:00 .


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