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Artigos publicados ou reproduzidos no site do FSM falaram em recrudescimentos das disputas políticas, na urgencia em barrar retrocessos. Questionaram os rumos do FSM, reafirmaram o seu papel, apostaram nas novas mobilizações da sociedade civil. Reivindicaram lugar para os invisíveis e voz aos silenciados. Cobraram estratégias e ousadias. Alertaram para os desafios tecnológicos. Buscaram saídas e oxigênio para impedir que a confiança na capacidade de resistir seja sufocada.
FSM 2018 – Criar e Transformar no limite do impossível
Do ponto de vista dos conteúdos, o FSM 2018 proporcionou importantes acúmulos das agendas que circularam os eixos do desenvolvimento, justiça social e ambiental, dos direitos humanos, das mulheres e dos temas da luta contra o racismo e a xenofobia, onde houve maior número de atividades inscritas. Ecoaram as vozes das juventudes, do segmento LGBTQI, das mulheres negras, curdas e saarauis, do povo palestino, dos pescadores tradicionais, das pessoas com deficiência, das lutas urbanas, da saúde mental, entre outros.(…)
Para além da denúncia do sistema, muitas foram as atividades de trocas de experiências entre movimentos e organizações sociais que já praticam, em suas comunidades e grupos, os valores de um outro mundo possível.(…)
Talvez, por isso, aquelas pessoas acostumadas demais com os Fóruns Sociais eurocêntricos, de pele branca e atividades formais de debates teóricos sobre o futuro da esquerda no mundo, tenham estranhado a vitalidade e a inovação do FSM de Salvador … Damien Hazard e Mauri Cruz LER ARTIGO COMPLETO
El Foro Social Mundial de Salvador de Bahía: Algunas primeras lecciones
Los movimientos están confrontando a la nueva situación. ¿Cómo luchar en una situación de contrarrevolución enfrentando ofensivas extremadamente violentas de las clases dominantes y las corporaciones e instituciones multinacionales y a una estrategia de precarización generalizada? ¿Cómo puede uno también resistir las ideologías racistas, xenófobas y de seguridad que llevan las olas conservadoras? Las resistencias existen y las contradicciones no han disminuido. El Foro permite percibirlos y ver emerger nuevas formas de luchas y nuevos frentes de resistencia. (Gustavo Messiah- CDTM –
El Foro Social Mundial se enfrenta a interrogantes de ciertos movimientos que desean involucrarse en una política más ofensiva. Numerosos debates están en curso, especialmente sobre las prioridades que deben darse a las intervenciones de los movimientos en cada país, a nivel nacional. Y también, el debate sobre la «ongeización» de los movimientos y espacios internacionales. También se deben destacar las tentativas de nuevos espacios internacionales de movimientos, como el que está impulsado por el MST y La Vía Campesina, el cual, aun estando presente en los foros ha tomado una cierta distancia. (Gustavo Messiah- CDTM –
Un espacio internacional que sigue teniendo derecho a existir
En América Latina, los movimientos más dinámicos, sufren la criminalización en aumento. En Europa, las crisis civilizatorias expresadas, por ejemplo, en el laberinto migratorio, reducen los espacios del pensamiento alternativo. En Norteamérica, parecen hechos de la historia las protestas desafiantes de los “occupy” de finales del 2011, aunque siguen emergiendo resistencias sociales anti-Trump.
En ese contexto el FSM de Salvador, con sus debilidades y complejidades, tuvo sin embargo el valor de existir, de realizarse, de convocar y de hacerlo dignamente. Superando ampliamente -en lo cuantitativo- la edición anterior de Montreal de 2016. Facilitando que contenidos vitales para la sociedad civil internacional encuentren un espacio y eco en el evento que acaba de concluir. LER ARTIGO COMPLETO – Sergio Ferrari
O FSM está morto. Longa vida ao FSM!
The articulation between different political levels is essential for any global and political meaning. The right knows this very well and acts accordingly. The left too often continues its navel gazing. At a time when the anger and the resistance to neoliberalism and dispossession are so great all over the world, it is worrying that there is nowhere any attempt to channel and activate them. Because in the meantime the repression and criminalization of social movements is increasing. Francine Mestrum
The old, apolitical World Social Forum has no future unless it can contribute to the coordination of actions and the organization of movements. It is by no means the only global forum, but the only one with a potential for transversal work. It would be a shame if this was lost. Next year the WSF is 18 years old, the age of political majority. Maybe also the age to become autonomous and disobedient? Francine Mestrum
A nova arquitetura da tecnologia e as forças de esquerda
Os temas em torno das novas arquiteturas tecnológicas de informação e de comunicação encerram um desafio enorme do ponto de vista das transformações sociais. O capitalismo de plataforma, representado pelo novo modelo de negócios baseados em aplicativos desregulamentados, a criação de criptomoedas que pouco se mostraram eficientes do ponto de vista de desenvolvimento social e autonomia financeira dos povos, o crescente monopólio de empresas de entretenimento audiovisuais, as constantes ameaças à liberdade na internet, através do consumo de banda, fim da neutralidade da rede, avanço de grandes empresas sobre as infraestruturas dos estados e a marginalização de grupos, pessoas e movimentos na rede mundial são só alguns dos exemplos que necessitam de profunda reflexão e ação por parte de forças progressistas.
É neste contexto que convocamos os envolvidos nestes temas a participarem da formulação de propostas e projetos que colaborem com o aprendizado, crescimento e desenvolvimento dos movimentos sociais para que possam abarcar a agenda destes novos temas de forma a estarem preparados para os crescentes desafios que o capitalismo nos imporá nas próximas décadas. Um importante marco de ação, aprovada pela declaração final da cúpula dos povos, é o Fórum Social Mundial de 2018, que será realizado em Salvador, Bahia, entre os dias 13 e 17 de março de 2018. Seria salutar contar com a presença das organizações, pesquisadores e ativistas da área de tecnologia para debater estes tópicos dentro do FSM, um encontro histórico e de grande patrimônio na luta pela igualdade e direitos dos povos. Paulo Lara
Fórum Social Mundial 2018 na Bahia: Trincheira contra a ofensiva do capital
Nestes 17 anos, 12 edições planetárias do Fórum foram realizadas no Brasil e em vários outros países (**), além de dezenas de Fóruns descentralizados, temáticos e regionais em todos os continentes, consolidando um amplo, capilarizado e profundo processo político de caráter internacionalista e antineoliberal.
Trata-se, assim, de uma construção consolidada e de acúmulo político de grande importância para as esquerdas e para as forças progressistas e democráticas de todo o mundo, mesmo que se considere os eventos de menor relevância social e política ocorridos ao longo desse período. Ainda mais numa conjuntura de forte ofensiva do capital.
Nesse sentido, muitos que inicialmente hesitaram diante do potencial e do significado político dessa edição planetária do FSM, já estão arrumando as malas e tomando o rumo da Bahia. Carlos Tiburcio
Salvador da Bahia, lugar simbólico e politico para o futuro do FSM
Se a descolonização se refere aos momentos históricos em que os assuntos coloniais se ergueram contra impérios antigos e reivindicaram sua independência, a descolonialidade se refere a uma luta contra a lógica da colonialidade e seus efeitos simbólicos, epistêmicos e materiais e que são visíveis nos níveis político, social, econômico e cultural, incluindo no da cidadania.
É este trabalho de identificação da colonialidade que devemos operar, durante o Fórum Social Mundial em Salvador de Bahia, de 13 a 17 de março de 2018.
(…)
Trata-se, para o processo do FSM de não continuar na espera de ser guarnecido pelos agentes da colonialidade. Todos os participantes devem estar atentos para não tornar-se, ocasionalmente ou não, agentes da colonialidade. Nesta perspectiva descolonial, o condenado não pode andar sozinho. A virada descolonial exige uma abordagem coletiva; até o presente momento, ignorada pelo processo do FSM. Mireille Fanon Mendes France
Reinventing the World Social Forum: how powerful an idea can be
The WSF is not the only global Forum. Thanks to the many initiatives that were taken from the 1990s onwards, many thematic networks have been created and they continue their very useful work. But the WSF is the only global transversal gathering where different groups can discuss their objectives, their strategies and their campaigns. There is now a general understanding that climate justice is not possible without social justice, that peace is not possible without climate and social justice and that media play a very important role in all these sectors. It therefore is urgent to sit and plan together. In Mexico, a major Forum on migration will be organised in November 2018 and we all know that labour law, climate change and peace will have to be discussed there. In Mexico, a major Forum on migration will be organised in November 2018 and we all know that labour law, climate change and peace will have to be discussed there.
Too many movements have now withdrawn to the local level and have forgotten that local and global levels are not opposed or hierarchical. They need to go hand in hand. Moreover, in Europe a new tendency to put up more barriers is growing, whereas we need the opposite. The WSF can make an important contribution to this. Francine Mestrum – Open Democracy
¿La reinvención del Foro Social Mundial?
Boaventura Souza Santos
TRECHOS
En los últimos tiempos, con la dinámica surgida de cara a la preparación del FSM de Salvador (13-17 de marzo), concluí que existía posibilidad de cambio, adaptándose a las dramáticas condiciones y desafíos del presente. ¿Cuáles son los cambios necesarios? Hago tres propuestas que pretendo presentar en la próxima reunión del CI. Propuesta 1 Durante el Fórum de Salvador será convocada para el día final o anterior una asamblea plenaria con un solo tema: alterar la Carta de Principios. (…) Propuesta 2. El actual CI toma la iniciativa de se auto-suspender para abrir un debate refundacional que será concluido en la asamblea plenaria de Salvador. (…) Propuesta 3 Las decisiones políticas del FSM serán tomadas en las asambleas plenarias de los diferentes encuentros del FSM ….Boaentura Sousa Santos
Outro mundo ainda é possível?
ODED GRAJEW
TRECHOS
O Fórum Social Mundial não pode ceder às velhas práticas que centralizam e verticalizam o poder
o FSM não é uma organização. O CI não é eleito e não pode representar ninguém, não pode falar em nome de todos, não tem mandato para isso.
A alegação de que não hã posicionamento no FSM é falaciosa. Toda organização tem total liberdade de tomar posicionamento e fazer declarações em nome dela e/ou de todas as organizações que queiram a ela se juntar. Tem que ter o trabalho de angariar parceiros e aliados. Tem que ter o trabalho de convencimento e de articular alianças para dar força política aos seus posicionamentos. E pode dar a estas iniciativas a visibilidade que quiser ou puder. O que não pode é dizer que está fazendo em nome de todos. Ou colocar todos a serviço de uma corporação, de um movimento, de um partido político ou de um governo. Isto é usurpação de poder. É repetir o mesmo e velho processo que tanto mal já causou à esquerda: luta de poder, cooptação por governos e partidos políticos.
O protagonismo não é do FSM mas das organizações, lideranças e militantes. LER ARTIGO COMPLETO – Oded Grajew
