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Title Encarceramento em massa dos jovens negros: um necessário debate de classe.

Axe - Territory

Slogan Against genocide and the imprisonment of black youth

Descrição / Relato

Em 2014, segundo dados do Sistema de Informação Penitenciária
(INFOPEN), a população prisional brasileira atingiu o contingente
aproximado de 622.202 pessoas, cujo perfil é constituído por jovens
entre 18 e 29 anos (55%), negros (61,6%) e com baixa escolaridade
(75,08%). A Bahia possui um quantitativo provável de 15.611 pessoas
presas, das quais 24% estão envolvidas em ações formais de educação:
alfabetização (19%), ensino fundamental (59%), ensino médio (16%) e
ensino superior (0%). Em sentido amplo, constata-se que, além de
expressão de políticas fundadas na seletividade penal, o sistema
penitenciário brasileiro se constitui um cenário de graves violações
de direitos humanos e de práticas de violência institucional, no qual
o encarceramento injusto e o desrespeito a direitos sociais da pessoa
custodiada, são faces dos desafios a serem vencidos.

No dizer de Mauro Iasi, “Se a sociedade é compreendida como dotada de
oportunidades, caminhos e condições para o pleno desenvolvimento dos
indivíduos, aqueles que escolhem o caminho da criminalidade o fazem,
segundo esta visão, por um desvio pessoal, uma deformidade moral ou um
impulso instintivo. O controle de tal fenômeno só poderia ser, então,
a repressão policial e o encarceramento. Anos de aplicação de
políticas de segurança fundadas nesta premissa mostram seu total
fracasso em diminuir os índices de criminalidade, aqui ou em qualquer
parte do mundo. Aqui começa a se apresentar o fetiche da
militarização. Seria um problema de intensidade das medidas e não um
equívoco em sua natureza. A resposta aparece portanto na forma de mais
polícia, mais repressão, mais encarceramento… e tudo continua dando
errado, até que se chama o exército.”

Considerando este contexto e as experiências de atuação do IPCDH em
unidades prisionais da capital baiana, entendemos que, sob o ponto de
vista metodológico, realizar uma roda de conversa com os
participantes, será de grande valia e resultado. Trazer as
experiências de atuação de representantes do Instituto, a fala de
pessoas ligadas ao sistema e, sobretudo, depoimentos de egressos
(“nada sobre nós, sem nós), inegavelmente dará ao formato alcance e
riqueza do debate acerca dessa dimensão institucional das mais
invisíveis aos olhos da sociedade.

Data/hora
Date(s) - 14/03/2018
09:00 - 12:00 .


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