O interesse da mídia privada brasileira pela proximidade do FSM foi registrado especialmente nas filiais de cadeias nacionais de comunicação no estado da Bahia, as quais mostraram atenção a um evento claramente dissonante do clima político vivido no país.
De um lado o FSM indicava que seria um megaencontro de afirmação das vozes de resistência, desafiando as forças de direita ascendentes no país e sua agressividade contra pessoas e manifestações associadas à esquerda ou pensamentos progressitas. Por outro lado, indicava que seria um evento de importante envergadura e, portanto, de custo razoável – especialmente se considerado os gastos das próprias organizações com atividades, viagens e estadia. O FSM 2018, apoiado pela participação autogestionada da sociedade civil , poderia ser visto como um feito improvável dentro de um cenário de asfixia financeira das organizações e movimentos da sociedade civil e congelamento (por um prazo 20 anos a partir da lei, aprovada no ano anterior) dos investimentos em políticas sociais – impactando também a mobilidade social.
O apoio das universidades do FSM foi um fator explorado tendenciosamente pela mídia, em busca de elementos que corroborassem o esforço de criminalização, ao mesmo tempo, das lutas sociais e das liberdades acadêmicas. Uma campanha denominada “escola sem partido”, que incluiu a apresentação de projetos de lei, estimulando a perseguição a professores, estava em pleno florescimento no momento em que o FSM ergueu-se conjuntamente com as instituições e comunidades universitárias, estaduais e federal, na Bahia.
O FSM foi objeto de especulação, também em razão da possível presença do ex-presidente Lula, ameaçado de prisão após a série de decisões judiciais contestadas pelos movimentos sociais, deviso à não apresentação de provas. De acordo com o procurador chefe da Lava Jato, Lula foi condenado não por provas, mas por convicções. Sua participação só foi confirmada às vésperas do FSM, mas seu nome já havia sido confirmado pela mídia.
Remando contra a corrente no Brasil, o FSM se impôs como um evento ousado, no qual representações de todas as organizações e movimentos sociais nacionais brasileiros se fizeram presentes, mesmo as que não se envolveram com o processo preparatório. E têve impacto na cidade inclusive em termos econômicos.
Um artigo de representante do setor hoteleiros na imprensa baiana comemorou as taxas de ocupação únicas em um período pós-carnaval, de toda rede formal e informal de Salvador ,sem dados mensuráveis sobre hospedagens solidárias e improvisadas, e também admitiu que a dimensão do FSM não fora imaginada pelo setor.
Entre registros do evento, e especulações críticas, a edição 2018 foi registrada ocupou espaço razoável no Brasil, em contraste com a pequena divulgação fora.
As mídias livres, progressistas e sites ativistas foram as publicações responsáveis pela propagação do FSM, reprodução de cartas e convocatórias, com apoio das redes sociais alimentadas pelo GT de comunicação, e também anunciando e cobrindo suas próprias atividades.
Links para notícias de mídia que chegaram ao GT de comunicação podem ser encontradas nos seguintes links
Clipping de notícias de Março de 2018 – Brasil
(Português) Registros do FSM na mídia brasileira e sites da sociedade civil
Registros de midia – internacional
Artigos sobre o FSM – Introduções e links
Controvérsia (três artigos)
Vídeos do FSM no Facebook
https://www.facebook.com/forumsocialmundial2018/videos/?ref=page_internal
As páginas com listas de notícias sobre o FSM 2018 na mídia, artigos e vídeos continuam abertas a atualização com novos links e registros, para contribuir com a memória da edição 2018. Contribua indicando links a serem agregadosEnvie conteúdos para comunica@fsm2018.org