*Vanja Santos para o FSM 2018 | 07.03.2018

Mais uma vez as mulheres se preparam para travar a luta do 8 de Março nas ruas, onde historicamente se manifestam e cobram ações do Estado em relação as suas pautas. Mobilizam-se para denunciar e combater o machismo, o preconceito e a violência, responsáveis pelo aprofundamento da desigualdade de gênero e pela morte de milhares de mulheres. As bandeiras são as mais diversas.

Os avanços, ainda tímidos, apesar de haver uma estrutura de rede de proteção e enfrentamento à violência contra a mulher, foram sufocados por uma mudança de governo descompromissada com as pautas da luta das mulheres. Mais que isso, um governo focado na retirada de direitos dos trabalhadores e empenhado na implantação do Estado mínimo.

O avanço no desmonte do estado brasileiro é acompanhado por um movimento antidemocrático que avança em todas as frentes e tem como sustentação nosso Congresso Nacional que tem cumprido a tarefa de casa e proposto pautas reformistas e conservadoras que atingem em cheio o povo brasileiro e as mulheres são as mais penalizadas com esse retrocesso favorecido por medidas antidemocráticas. Esse é um movimento do campo da direita conservadora e do sistema neoliberal que tem se ampliado pela América Latina.

E o 8 de Março, em Salvador, se organiza de forma comunicante com o FSM e traz a pauta do machismo, do combate ao racismo e a democracia como pano de fundo colaborando para a efetiva mobilização das atividades voltadas para as mulheres dentro  do  Fórum. Afinal, mais do que uma simples atividade de rua, precisamos de ações concomitantes, várias, que dialoguem com as principais aflições das mulheres negras, quilombolas, ribeirinhas, pardas, indígenas, numa força tarefa para superar os limites que nos são postos pelo governo golpista, pelas forças conservadoras e pelo machismo nosso de cada dia.

O Fórum Social Mundial abrilhantará o mês de março com a realização da Assembleia Mundial de Mulheres, momento expressivo da troca de ideias e experiências entre mulheres do mundo inteiro.  Dessa Assembleia sairá uma grande colaboração para o movimento feminista e as lutas gerais, a “Carta com os 10 Pontos Inegociáveis” da luta das mulheres em todo o mundo e a criação de uma frente de ação e articulação internacional para acompanhar os avanços dessa iniciativa. Acreditamos na luta e na formatação de um mundo mais justo e com equidade de gênero. Resistir, criar e transformar, dessa forma vamos avançando na luta!

Mulheres de todo o mundo uni-vos!

Saiba mais informações no perfil: Mulheres, resistir e transformar .

 

 

*Vanja Santos é Presidente Nacional da União Brasileira de Mulheres – UBM

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