Notícias e transmissões de mídias alternativas como Jornalistas Livres, Midia Ninja, TVT e Brasil de Fato permitiram a quem está fora do Brasil acompanhar os detalhes da prisão do ex-presidente Lula da Silva e confrontá-los com a cobertura parcial e criminalizados feita pela grande mídia.
“De fato, foi pelo jornalismo independente que entendemos o que se passa no Brasil”, explicou François Soulard, do Forum Mundial de Mídia Livre na Argentina. “A verdade é que a mídia livre está fazendo uma grande cobertura”. Ele cita as tags #LulaLivre e #OcupaSãoBernardo, como exemplos de referências que levam a essas coberturas. E observa que é uma luta assimétrica entre as mídias sem recursos e os meios globais, a mesma que vem acontecendo na Turquia, no Egito, no Yemen, em contraposição às versões dos grandes conglomerados.
Com integrantes da América Latina e do Norte, na Europa e na África, o Comitê de MobilizaçãoInternacionaldo FMML aprovou uma nota pública, em que manifesta apoio e solidariedade às midias livres brasileiras, no esforço de democratizar a comunicação no país.
Proteção é uma necessidade de quem vai a campo
Integrantres do FMML realizaram atividades no último Fórum Social Mundial, de 13 a 17 de março, em Salvador, Bahia, e debateram também a relação entre as pautas internacionais apontadas na Carta Mundial da Mídia Livre e as lutas locais e regionais.
Ao discutirem gestão e futuro do FMML, um integrante da rede Jornalistas Livres, no Brasil, pediu atenção aos ativistas e profissionais das mídias livres que vão a campo para levar informação sem filtros, e que se expõem fisicamente nessa ação. “Falta proteção a quem faz mídia livre”, – disse o jornalista. Há também necessidade de apoio, para que esses veículos e redes consigam ampliar seu trabalho.
Pós FSM 2018: coletivo baiano de mídia livre
Em Salvador, ativistas da comunicação que se organizaram em torno do FSM 2018 prosseguem na promoção da comunicação compartilhada – em que uma ação coletiva de cobertura é feita colaborativamente e o resultado é apropriado por todos, com licenças abertas. Já com duas semanas de trabalho conjunto “pós-fsm”, editando e publicando vídeos e imagens produzidas no evento que reuniu duas mil atividades, o coletivo realizou duas reuniões com vistas a fazer circular informação por canais alternativos e preparar uma reunião ampliada da Mídia Livre baiana para 24 de abril próximo.
Confira a Nota Pública do FMML
Confira a Carta Mundial Midia Livre
Comitê de Mídia Livre e Comunicação Compartilhada da Bahia
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