Título *Marcha, porque Marchamos? Marchamos Contra o Racismo e a Intolerância Religiosa!
Tema - Território
Lema Pan-africanismo um Conceito Revolucionário, Um Mundo sem Racismo, Intolerância e Xenofobia
Descrição / Relato
MARCHA CONTRA O RACISMO e INTOLERÂNCIA RELIGIOSA
Nos últimos anos, a militância negra, organizada em entidades diversas, vêm realizando intervenções para transformar a estrutura racista da sociedade brasileira. As ações têm algo em comum: A DISPOSIÇÃO MILITANTE PARA TRANSFORMAR A SOCIEDADE BRASILEIRA ATRAVÉS DA SUPERAÇÃO DO RACISMO. No Brasil, somos 54% da população, e na Bahia 76%, sendo Salvador a capital mais negra do país. Considerando esses dados, a marcha na cidade de Salvador será um importante instrumento de visibilidade da problemática e da intervenção necessária para a sua superação.
Assiste-se no Brasil ao avanço de políticas de extermínio das etnias indígenas; dos povos e comunidades tradicionais; das comunidades negras rurais e quilombolas; e dos povos de terreiro, populações que articulam o seu modo de existência a partir das suas identidades ancestrais e fundamentais para a re-existência de práticas e saberes não colonizados, e que vão na contramão do totalitarismo da branquitude. A Marcha, não tão-somente o ato em si, mas as suas amarras políticas locais, nacional e internacionais serão as bases para estabelecer uma ponte entre diversas organizações negras nacionais, mundiais e movimentos antirracismo. A realização da Marcha deve resultar num salto organizativo da luta contra o racismo, a partir da elaboração de uma carta dirigida ao povo brasileiro; às instâncias de governo do Estado brasileiro e internacionais; e da constituição de uma Frente de interlocução nacional e internacional para a luta pela superação das desigualdades raciais.
Negritando a profunda relação existente entre o racismo estrutural e o conjuntural, sintetizado pelo golpe branco em curso no país, e os seus sucessivos ataques aos direitos da população negra e pobre; somado ao acirramento de posições fascistas/racistas e das desigualdades estruturais (hegemonia física e ideológica branca em todos os níveis de poder), conclamamos o povo negro e a sociedade brasileira a se juntar às diferentes forças do movimento negro nacional e internacional de expressão cultural e política para a Marcha contra o racismo, em Salvador, no Fórum Social Mundial.
PORQUE MARCHAMOS? Lutamos contra o genocídio crescente da nossa juventude negra e contra a redução da maioridade penal; Contra a prática do estupro e do feminicídio de mulheres negras; Contra as agressões e homicídios à população negra LGBTT; O encarceramento desproporcional e em massa de homens, mulheres e trans do povo negro; Pelo Respeito à nossa integridade moral e intelectual, e contra todas as formas degradantes à nossa imagem, constituição e contribuição filosófica; Pela aplicação da Lei 10.639/03 Contra o racismo epistêmico; Contra o racismo religioso; Pela efetivação de políticas públicas voltadas à juventude negra; Pela garantia de acesso à produção, veiculação e distribuição de conteúdos negros nos meios de comunicação.
Realização
Comitê Central da Marcha
Comitê UNILAB Malês Recôncavo Marcha contra o racismo; Comitê marcha contra o racismo Fortaleza – CE; Comitê Marcha contra o racismo Redenção UNILAB-CE; Comitê Marcha contra o racismo UFES; Comitê Marcha contra o racismo Campinas-SP; Agentes Pastoral Negros – APN; Samuel Azevedo –África 900 – Centro de Referência Política; IABEPE – Instituto Afro brasileiro de Estabilidade Política e Econômica; DCE UNILAB Malês – São Francisco do Conde–BA; Bloco Afro Bankoma -Lauro de Freitas –BA; ACBANTU – Associação Nacional Cultural de Preservação do Patrimônio Bantu; Terreiro São Jorge Filho da Gomeia; Unzo Kwa Mpanzu – Salvador; Ilê Ode Axe Oba Omi -São Francisco do Conde-Ba; Rede Kodya – Comunidade Organizada da Diáspora Africana; Quilombo Dom João – São Francisco do Conde – Ba; MNCR; Movimento População de Rua
Data/hora
Date(s) - 14/03/2018
14:00 - 20:00
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